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Conhecendo Espiritismo
Conhecendo Espiritismo

CONHECENDO O ESPIRITISMO

Quanta coisa você gostaria de perguntar, quantas dúvidas, quanta coisa você quer saber! Algumas informações e esclarecimentos, explicará o porquê de algumas situações, acalmando a sua alma e dando esperanças o futuro. Leia com calma, medite. Depois se quiser se esclarecer mais converse conosco.

 

O que é o Espiritismo?

            É um conjunto de valiosas revelações que os espíritos nos trouxeram sobre a vida no Além. Eles reafirmaram coisas que a humanidade já sabia mas também atualizaram esses conhecimentos e os ampliaram com informações novas, para que continuemos a progredir no campo do intelecto e da moral, na direção do bem.

 

Allan Kardec criou o Espiritismo?

            Não. Ele era um pedagogo francês, muito culto, morava em Paris e se chamava Hippolyte Léon Denizard Rivail. Dedicou-se a pesquisar os fenômenos, fez indagações aos Espíritos sobre os assuntos que revelavam, soube coletar as informações dos Espíritos e organizá-las de modo didático, acessível a todas as pessoas, publicando-as em livros, sob o pseudônimo de Allan Kardec. Percebendo que os ensinos dos Espíritos eram um conjunto de princípios básicos, harmoniosamente entrosados entre si, constituindo uma doutrina, a Doutrina dos Espíritos, denominou-a de Espiritismo.

            Por esse trabalho admirável, Allan Kardec é reconhecido não como o criador mas como o codificador do Espiritismo.

 

Alguns dizem que o Espiritismo é uma ciência...

            Num aspecto, sim, porque estuda os fatos das manifestações dos espíritos. Mas é também uma filosofia quando trata de quem somos, porque estamos aqui e para onde iremos após a morte. E assume aspecto religioso, quando nos aponta como agir para nos religarmos consciente e voluntariamente com Deus, nosso Pai, nosso Criador.

 

O Espiritismo é ou não cristão?

            O Espiritismo é uma doutrina cristã, porque apresenta Jesus como guia e modelo para a humanidade, ajuda a entender melhor os ensinos do Evangelho e nos leva a segui-los como norma de vida. “Estudar Kardec para viver Jesus.”

 

Afinal, que prega o Espiritismo?

            A existência de Deus, que criou tudo o que existe, quer seja de natureza material ou espiritual. E que há Espíritos, que animam os seres humanos e são imortais.

 

Isso as outras religiões também dizem

            Não, porém, com a propriedade e a riqueza de argumentação que o Espiritismo oferece, além de comprovar a realidade da vida no Além pela comunicação dos Espíritos, por meio da mediunidade.

 

NOSSA NATUREZA ESPIRITUAL

 

O Espiritismo diz que somos um ser tríplice...

            Sim, porque somos um Espírito (um dos seres inteligentes da Criação), mas também possuímos um perispírito e, como estamos encarnados, temos ainda um corpo físico.

Que é perispírito?

            É um corpo de fluidos, muito flexível e plasmático, através do qual o Espírito se relaciona com o meio em que estiver. É por ele que os Espíritos se identificam e são reconhecidos uns dos outros, até mesmo quando são vistos nas aparições e vidências. Quando o Espírito encarna, o perispírito serve de molde, orientando a formação do corpo físico e permitindo que se faça a relação do Espírito com o corpo.

            O apóstolo Paulo se refere ao perispírito quando diz: “Semeia-se corpo animal, ressurge corpo espiritual.” (I Co 15:44)

 

O que são fluidos?

            São substâncias sutis, invisíveis e impalpáveis, mas bem reais. Os Espíritos, encarnados ou não, estão sempre envoltos numa atmosfera de fluidos, assim como, na Terra, vivemos envoltos pelo ar que nos rodeia.

            Agindo sobre os fluidos, com o pensamento e a vontade, os impregnamos de determinadas qualidades, boas ou más, produzimos variados efeitos, como o de plasmar um corpo fluídico.

 

SOBRE A MEDIUNIDADE

 

Que é a mediunidade?

            É a faculdade humana que permite o intercâmbio com os que vivem no plano espiritual.

 

O intercâmbio com os mortos não foi proibido?

            Sim, por Moisés, ao tempo do Velho Testamento, por causa do abuso, pelo desvio do intercâmbio para fins egoístas e materialistas. Mas no Evangelho, ao tempo de Jesus, já não havia mais nenhum proibição quanto à prática da mediunidade, e o próprio Mestre a ensinou e exemplificou para os discípulos.

            Usada conforme os desígnios de Deus, a mediunidade é o meio divinamente providencial de comunicação entre encarnados e desencarnados. Comprova a imortalidade, consola ante a partida de entes queridos e enseja ensinamento e ajuda entre encarnados e desencarnados.

 

No Centro Espírita eu posso falar com meus mortos?

            Podemos orar pelos desencarnados, para que estejam bem no lado de lá da vida, mas não os evocamos, porque a comunicação dos Espíritos obedece as leis divinas, que definem quando isso é necessário, útil, oportuno, e se há merecimento para tanto.”O telefone toca de lá pra cá.”

            Aos Espíritos que se manifestam, atendemos fraternalmente, pois são nossos irmãos, seres inteligentes como nós e criados por Deus. Se necessitam de amparo, esclarecemos, consolamos e encaminhamos. Quando são Espíritos bons e instrutores, procuramos acatar seus conselhos e orientações.

 

Mas eu queria falar com meu familiar que já morreu...

As comunicações que acontecem, mesmo que não sejam de nossos entes queridos, provam que a vida continua além-túmulo. Se é assim para um, é para todos, portanto também nossos amados estão vivendo no lado de lá, no plano espiritual. Saber isso nos consola e dá esperança para o futuro.

Existem, ainda, outros meios que Deus estabeleceu e pelos quais os Espíritos podem se comunicar conosco. Por exemplo: enquanto o nosso corpo dorme, às vezes nos encontramos com nossos entes queridos no plano espiritual e guardamos, como sonho, a lembrança do que conversamos com eles.

 

OS ESPÍRITOS E NÓS

 

Os Espíritos influem sobre nós?

Sim. Como estamos todos mergulhados no fluido universal, através dele, pelo que pensamos e sentimos, acabamos influindo uns sobre os outros. Os Espíritos podem influir sobre nós se lhes oferecemos sintonia mental (semelhança no tipo de pensamentos) ou quando entre os fluidos deles e os nossos existe afinidade fluídica (possibilidade de combinação).

 

Tudo o que eles dizem é verdade?

Os Espíritos são as almas dos homens que viveram na Terra; não sabem tudo e conservam suas qualidades e defeitos. Quando se comunicam conosco, é preciso analisar bem o que dizem e fazem, que sentimento inspiram, para saber se são Espíritos bons os Espíritos ainda ignorantes e mesmo malévolos. João Evangelista alertava: “Amados, não acrediteis em todos os espíritos mas examinai se os espíritos são de Deus.” (I Jo 4:1)

 

Como nos protegermos dos maus Espíritos?

Basta manter a elevação dos pensamentos e sentimentos, em tudo que fazemos. Nas atividades comuns, do dia-a-dia, estejamos vigilantes, evitando o mal e fazendo o bem que nos é possível, orando para manter comunhão mental com os bons Espíritos. “Vigiai e orai para não cairdes em tentação”, aconselhou Jesus (Mt 26:41). Não precisamos deixar que os Espíritos ignorantes ou maus nos influenciem; procuremos nós influenciá-los para o bem, com bons pensamentos e atos.

 

NÓS E A MEDIUNIDADE

 

Todos somos médiuns?

Como somos Espíritos, todos nós, de certa forma, mantemos algum intercâmbio com o lado de lá, sempre que transcendemos o nosso acoplamento com o corpo físico. Mas nem todos somos médiuns ostensivos, aqueles em quem a mediunidade enseja fenômenos regulares e freqüentes com o mundo espiritual.

 

Será que sou médium ostensivo?

            Só experimentando saberemos com certeza se somos médiuns ostensivos ou não. Antes de experimentar, é necessário estudar as manifestações da mediunidade e conhecer a orientação espírita a respeito, para agir com segurança na prática do intercâmbio.

 

É que tenho sentido algumas ausências e perturbações. E também tenho sonhos especiais, vejo e ouço coisas...

            O que você está sentindo pode ter causas orgânicas e psicológicas. Depois de eliminada essa hipótese, se poderá pensar numa explicação espiritual. Mesmo então, talvez se trate apenas de uma influencia de Espíritos, temporária ou não, a ser esclarecida e orientada, e não propriamente de uma mediunidade a ser desenvolvida e exercida. Nesses casos, é aconselhável receber primeiro uma assistência espiritual.

 

Não quero ser médium. Se eu for ao Centro, os fenômenos acabarão?

            A mediunidade é uma faculdade natural. Se você for médium, terá facilidade para o intercâmbio com o plano espiritual, quer você freqüente ou não o Centro Espírita.

            Sem a orientação e o auxilio da Casa Espírita, você ficará sempre um médium inexperiente, que não sabe compreender nem canalizar bem as sensações e percepções que experimenta com a influência dos Espíritos, e talvez até se perturbe por isso.

            Freqüentando o Centro Espírita, você receberá informação sobre essa faculdade, que é, para que serve e como empregá-la segundo os desígnios divinos, e será orientado para exercitar sua mediunidade com segurança, conseguindo prestar benefícios valiosos aos semelhantes e mantendo equilíbrio e paz em sua vida.

 

PROVAS E EXPIAÇÕES

 

Tem acontecido tanta coisa ruim em minha vida... Acho que alguém fez um malfeito pra mim!

            Não pense assim, Deus não nos deixaria à mercê de quem quisesse nos prejudicar. A vida na Terra enseja dificuldades e imprevistos, porque é um planeta de expiação (conseqüências do que já fizemos anteriormente) e de provas (situações que nos servem de aprendizado e teste de nossa capacidade e decisão). E as pessoas encarnadas aqui são como nós, nem sempre corretas e nem sempre fraternas, o que causa atritos e problemas.

            É preciso enfrentar tudo com paciência e bom ânimo, confiando na bondade divina.

 

Mas alguém pode estar desejando o meu mal.

            As pessoas podem querer fazer alguma coisa para nos prejudicar e, para isso, recorrer ao concurso de Espíritos. Mas essa ação sempre estará dentro de limites traçados pela lei divina.

            Só seremos atingidos se houvermos dado motivo para a reação dessas pessoas, tendo agido mal para com elas, ou se em nosso pensamento e conduta há falhas morais.

            Corrigindo nossa conduta, reconciliando-nos com nossos adversários e fazendo o bem, neutralizaremos o “malfeito”, porque geraremos bons efeitos e adquiriremos merecimento para receber auxílio espiritual.

 

Então, posso fazer minha vida melhorar?

            Certamente. A nossa vida melhora sempre que procuramos agir dentro das leis divinas. Se tivermos dores e problemas inevitáveis, é que eles são necessários ao nosso progresso espiritual. Agindo bem, não complicaremos a situação e receberemos coragem, força e inspiração para enfrentarmos da melhor maneira todas as dificuldades.

 

SOBRE OS PASSES

 

Que é passe?

            É a transmissão de fluidos bons de uma pessoa para outra. Essa prática já era conhecida na humanidade de longa data, e é realmente útil, para vitalizar as criaturas ou aliviá-las de seus males. Jesus ensinou os discípulos a imporem as mãos sobre os enfermos e os perturbados, para beneficiá-los.

 

Tomo passe sempre que posso!

            Só devemos receber passe quando estivermos muito debilitados ou muito sofredores e não pudermos, por nós mesmo, recuperar o equilíbrio e o bem estar.

 

Como posso ficar bem, sem tomar passe?

            Produzindo você bons fluidos para si mesmo. Todos nós somos capazes de produzir bons fluidos. É o que fazemos quando usamos o pensamento e a vontade para o bem. Ore, ocupe-se em atividades dignas e fraternas, cultive o bom ânimo. Você se sentirá bem, abastecido de fluidos bons. E, quando estamos bem, não precisamos do passe, seria como querer encher um copo que já está cheio.

 

A REENCANAÇÃO

 

O Espiritismo prega a reencarnação. Mas ele não está na Bíblia...

            Está, sim, tanto no Velho como no Novo Testamento. Basta citarmos Jesus assegurando a Nicodemos, doutor da lei entre os israelitas, que “ninguém pode ver o reino de Deus sem nascer de novo” (Jo 3:3); e afirmando por duas vezes que João Batista era o Elias que estava por vir (Mt 11:14-15 e Mt 17:9-13).

 

Por que a gente não lembra das vidas passadas?

            Para não ficarmos parados no tempo, querendo ainda sentir orgulho por haver vivido situações destacadas no passado, ou para não sofrermos nem nos sentirmos humilhados pelos erros anteriormente cometidos.

            Reencarnamos para ter um novo começo e se todos lembrássemos tudo, de nós e uns dos outros, haveria muita dificuldade para o recomeço e a reconciliação.

            Entretanto, esse providencial esquecimento é só quanto à vida de relação. Do que aprendemos nas experiências vividas no passado, a essência não fica esquecida, faz parte do nosso patrimônio espiritual, e assoma de nosso subconsciente, quando necessário.

 

Se com a reencarnação são os mesmos Espíritos indo e voltando, como é que a população da Terra está aumentando?

            A população espiritual da Terra, segundo informações espirituais, em verdade é aproximadamente cinco vezes superior à humanidade encarnada e os Espíritos terrenos não encarnam todos de uma só vez. Como nas escolas que recebem alunos em três turnos (manhã, tarde e noite), os Espíritos encarnam na Terra em revezamento: uma parte está encarnada e as outras ficam no plano espiritual, aguardando oportunidade de reencarnação. Como alunos podem ser transferidos de uma escola para outra, Espíritos podem ser transferidos de outros planetas para encarnarem na Terra.

            E, como há crianças que estão atingindo a idade própria para ingressar nas escolas, existem Espíritos que estão evoluindo, alcançando a escala hominal e, no futuro, habitarão este planeta.

            Por isso a população da Terra tem aumentado. E vai aumentar mais ainda.

 

Então, é mesmo verdade que a gente nasce mais de uma vez?

            Sim, é encarnando e reencarnando através das diferentes formas corpóreas, que os seres criados por Deus evoluem, vão desenvolvendo-se cada vez mais, intelectual e moralmente, até alcançar o que chamamos de perfeição: o pleno desenvolvimento de sua potencialidade. Usufruem, então, da felicidade plena, por saberem produzir o bem em si e ao seu redor.

 

A QUESTÃO DE CÉU E INFERNO

 

Que acontece com aqueles que erram?

            Encontram a conseqüência de seus atos, conforme a lei de causa e efeito, uma das leis divinas, naturais e imutáveis, com que Deus rege a vida universal.

            Expiam em si mesmos os efeitos dos desequilíbrios que provocaram, até se reajustarem, e retomam, oportunamente, as experiências da vida corpórea, a fim de se corrigirem e se melhorarem.

            Sua plena recuperação, perante a lei divina, se dará quando houverem feito o bem em lugar do mal que antes haviam praticado.

 

Então, não há inferno nem céu?

            Como lugares geográficos, delimitados, não. Até o Papa João Paulo II falou que céu e inferno são estados de alma, como, aliás, o Espiritismo já vinha ensinando. De fato, conforme nosso estado de alma, às vezes a gente se sente “no céu” ou “no inferno”, e o estado de “inferno” só se modifica quando melhoramos nosso modo de pensar e de sentir.

 

Mas existem lugares trevosos, infernais...

            Sim, há. No outro lado da vida, quando Espíritos maus ou sofredores se juntam, formam um “inferno”, pelos seus desequilíbrios. Mas há, também, lugares celestiais, pois onde os bons Espíritos se agrupam, formam um “céu” de amor e paz.

            Os ambientes felizes serão sustentados pelos bons pensamentos e sentimentos que os bons Espíritos constantemente mantêm. Os ambientes “infernais” deixarão de existir, quando os Espíritos que os formam modificarem seus pensamentos e sentimentos para melhor.

 

E não há anjos...

            Como seres criados à parte da humanidade, diferentes de nós, não. Porque, se fosse assim, Deus não teria sido justo para conosco. A eles, os teria criado perfeito, sábios e bondosos, e a nós, imperfeitos! Mas sabemos da equanimidade de Deus, tudo o que Ele faz é igual para todos os seus filhos. Os que chamamos de anjos (mensageiros) são Espíritos como nós, só que estão mais evoluídos. Desfrutam de melhores condições, porque fizeram por merecê-las pelo seu progresso, pelos atos bons que praticaram. Um dia, também nos tornaremos anjos.

 

Também não há demônios...

            Como Espíritos para sempre rebeldes a Deus e por Ele condenados perpetuamente a um inferno? Não, pois seria acreditar que Deus não se compadeceria dos sofrimentos dos que erram ou não teria poder para conduzir e recuperar as suas criaturas.

            Existem, sim, Espíritos rebeldes ao bem que, encarnados ou não, se mostram agressivos, violentos e cruéis, e procuram nos induzir ao mal. É que ainda são ignorantes ou fixaram-se no ódio ou no querer fazer prevalecer a sua vontade. Mas são também filhos de Deus, como nós, e, por meio das vidas sucessivas, o Pai também os fará progredir e eles irão corrigindo seus erros, modificando-se para melhor,   aprendendo a viver em paz e com bondade.

 

E ficamos sem anjos de guarda?

            Sempre há bons Espíritos velando pelas pessoas, às vezes desde o nosso nascimento e durante a vida toda. Costuma-se chamá-los de anjos de guarda. Eles nos inspiram para o bem e protegem no que for possível. Mas não nos tiram o livre-arbítrio e, por isso, não podem evitar que enfrentemos males que nós mesmo provocamos. Também não afastam de nós os problemas e situações programadas para o nosso desenvolvimento intelectual e moral.

            Se formos dóceis ao que eles nos inspiram, evitaremos praticar o mal e faremos muitas coisas boas.

 

A VIDA EM OUTRO MUNDO

 

Existem outros mundos habitados?

            Sim, a Terra não é o único planeta a servir de morada para a encarnação de Espíritos.

 

Quer dizer que existem ETs?

            O Espiritismo confirma a pluralidade dos mundos habitados mas não estimula a idéia de que haja ETs convivendo espiritual ou materialmente entre nós, de modo demorado, pois cada planeta tem uma programação especial de atividades e deveres, adequados à humanidade que nele evolui.

            Os seres de outros planetas talvez sejam um tanto diferentes de nós, e podem estar em grau de desenvolvimento diferente do nosso, mas são, também, seres inteligentes e fazem parte de grande e universal família humana, criada por Deus.

 

FÉ E CARIDADE

 

Para mim, a fé é um dom, uma graça divina.

            Se a fé fosse apenas um dom, uma graça, porque Deus não a concede a todos, já que, por não ter fé, muitos erram e sofrem demais ante as dificuldades da vida, o medo da morte?

 

Então, que é a fé?

            É o conhecimento sobre as coisas espirituais, conhecimento que varia muito de pessoa para pessoa, conforme as experiências que cada um já teve, nesta existência e nas encarnações anteriores.

 

Como pode a fé ser raciocinada?

            Para que a nossa fé seja firme e forte, precisa estar alicerçada no que é real, verdadeiro, e temos de estar bem esclarecidos e convictos sobre aquilo em que cremos. Para tanto, é indispensável raciocinar a respeito das coisas espirituais, só aceitando o que estiver conforme a sã razão. Nossa fé, nosso conhecimento sobre a vida espiritual, é ainda pequena e pouca? Podemos fazê-la crescer, se nos aplicarmos no estudo e na vivencia do que é espiritual.

 

Por que os espíritas dão tanta importância à caridade?

            Porque a caridade é o amor em ação. Sem a caridade, continuaremos condenados à predominância do egoísmo e da violência na vida social. Agindo caridosamente, procurando compreender e ajudar-nos uns aos outros, a humanidade viverá melhor, com mais paz e menos sofrimento.

            Espíritas ou não, procuremos praticar sempre, quer no seu aspecto material como no moral, a caridade, a divina lei ensinada e exemplificada por Jesus.

 

O CULTO A DEUS

 

Por que no Espiritismo não há sacerdotes nem rituais?

            Porque é com o pensamento, o sentimento e a ação, que a criatura se liga ao seu Criador, ou com o plano espiritual, conforme o permitem as leis divinas. Cada pessoa se liga ou não ao que é espiritual, diretamente, sem precisar de intermediários.

            Sendo interior, o culto do que é espiritual não precisa nem depende de nada material, exterior, para expressá-lo. E tem de ser feito como recomenda Jesus, “em espírito e em verdade”(Jo 4:24), ou seja, em sincera ação espiritual, sem o que não se conseguirá acionar as leis divinas para obter seus benéficos efeitos.

 

Que é a oração?

            Orar é elevar o pensamento a Deus, ao plano espiritual superior. Quando oramos, entramos em comunicação com as leis divinas que regem o Universo, por meio das quais Deus está presente em toda a parte. Se o que pedirmos estiver dentro dos desígnios divinos, obteremos a resposta desejada.

 

A quem endereçar nossa oração?

            Em primeiro lugar, a Deus, pois é Dele que tudo nos vem. Também podemos orar a Jesus e aos bons Espíritos porque são eles que, em nome de Deus, nos respondem, como seus ministros e mensageiros. Podemos, ainda, pedir a intercessão dos santos, as pessoas que aqui na Terra foram boas e caridosas e no Além continuam procurando ajudar aos seus semelhantes.

 

Como orar?

            Jesus nos estimulou a orar mas explicou que não será por muito falar que seremos ouvidos. O que vale na oração não são as fórmulas ou posturas físicas e, sim, o pensamento e o sentimento com que ela é feita, às vezes, mesmo sem palavras.

 

Já orei, mas não fui atendido.

            Para ser atendida, a oração precisa ser um pedido justo e necessário, algo que seja segundo as leis divinas e não apenas conforme o que desejamos. É preciso, também, insistir na oração, para oferecer condições de pensamento e fluidos para sua realização, e, ainda, termos algum merecimento para receber o que pedimos.

Aprendamos com Jesus, quando, no horto das Oliveiras, orou a Deus, formulando o seu pedido “Se queres, afasta de mim este cálice”, concluindo submisso: “Seja porém como Tu queres e não como eu quero” (Mt 26:39), confiando em que a vontade de Deus é perfeita, porque Ele sabe mais e ama melhor do que nós.

 

ANTE A ENFERMIDADE

 

Por que Deus me mandou a doença?

Não culpemos a Deus pelos nossos erros ou ignorância.

As enfermidades não acontecem por acaso. Mesmo quando parecem ser apenas hereditárias, sempre têm uma causa espiritual e se relacionam com o nosso grau de evolução. Podem ser uma prova necessária ao nosso progresso espiritual, ou uma expiação, para retificar erros desta existência ou de vidas passadas.

Há doenças que decorrem de excessos no comportamento, da alimentação inadequada, da falta de higiene ou da exposição invigilante a contágios. Quem sabe o que causa as doenças e toma precauções, geralmente consegue evitá-las. Se não sabe o que causa as doenças ou sabe mas não toma cuidado, pode acabar “pegando” a doença.

A doença também pode ser causada por fatores psicológicos. O desequilíbrio emocional ou o cultivo da raiva e do ressentimento causam somatização de males no físico. Quando não nos comportamos segundo as leis divinas, quando não agimos com fé e amor, acabamos prejudicando a nós mesmos.

Procuremos entender como cuidar do corpo e da alma para evitar as doenças.

 

Se a doença apareceu...

Talvez seja um aviso para corrigirmos alguma coisa em nós. Procuremos o concurso da medicina, pois Deus permite que o homem estude e entenda o funcionamento do corpo, prevenindo as doenças, ou curando-as ou, ao menos, aliviando os sofrimentos dos enfermos. Se nada pudermos fazer para modificar a situação, enfrentemos as doenças com calma e resignação, porque são males necessários para o nosso equilíbrio ou progresso espiritual, e também são males passageiros, já que nossa vida é imortal.

 

Se freqüentar o Centro e tomar passe, eu saro?

            Passes e vibrações certamente ajudam e aliviam aos enfermos; os bons Espíritos se compadecem e os socorrem; e, se praticarem o bem, talvez ganhem merecimento para receberem a cura.

            Recorramos a todos esses recursos com fé, com nosso conhecimento e convicção de que a ajuda é possível.

            Mas, se a doença tiver uma causa que ainda não se atendeu ou corrigiu; ou se o nosso bem espiritual estiver em suportar o reajuste em que a doença está promovendo em nosso corpo e nossa alma, a cura não acontecerá. Jesus não curou a todas as pessoas e, quando curava, dizia: “A tua fé te salvou”, alertando em seguida: “Vai e não peques mais para que não te suceda algo pior”.

 

 

Therezinha Oliveira

Há mais de 45 anos, Therezinha Oliveira atua na seara espírita. Sua atividade já resultou em duas mil palestras apresentadas e 600 mil exemplares de livros, livretos e CDs publicados.

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